Filhos de Gandhi quebram a monotonia


Após quase duas horas de discursos, falatórios, homenagens, agradecimentos e protestos, nada melhor que um pouco de música para quebrar a monotonia. Foi o que fez o Afoxé Filhos de Gandhi, hoje, durante a abertura da 53º reunião anual da SBPC. O público, já sonolento, recebeu de pé e na palma das mãos os cerca de 30 integrantes do grupo (apenas uma pequena parte dos três mil associados que desfilam anualmente no Carnaval de Salvador) presentes no Centro de Convenções da Bahia.

Vestidos a caráter, todos de branco e com o característico turbante na cabeça, os músicos encerraram a noite com muita dança e música, numa reverência aos Orixás do candomblé. O sósia de Gandhi, Raimundo Queiroz, com seus 74 anos, também participou da celebração. “Nós demos as boas vindas aos participantes da reunião, passando a magia e o sincretismo do candomblé e do povo baiano”, afirma o presidente do afoxé, Agnaldo Silva.


Parece que funcionou. A platéia, composta de estudantes e professores de vários estados do país, se deslumbraram. Os Filhos de Gandhi entraram pela porta principal do salão e se apresentaram por aproximadamente 20 minutos. O Dragão, símbolo da SBPC Cultural, subiu ao palco após seu nascimento e fez uma performance comos afoxés, referência cultural na Bahia. Ele também dançou ao som dos atabaques, agogôs, xequeres e da cabaça, instrumentos de percussão utilizados pelos músicos. Por fim, foi tocado o hino do estado e do Senhor do Bonfim, o que não foi novidade para ninguém.

 

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