Tradição, cultura e ciência ao som de atabaques


Já na abertura das atividades do SBPC Cultural, ontem à noite, no Centro de Convenções, o toque dos atabaques pontou o início da sessão. Quatro integrantes da Casa Branca/ Ilê Funfun realizaram uma saudação aos Orixás, apresentando, através de instrumentos de percussão, as músicas que ecoam nos terreiros de candomblé. Foi um cartão de visita, mostrando um pouco o que vai ser o SBPC Cultural na Bahia, uma união de tradição, ciência, cultural e progresso.

“Alujá de Xangô”, “Aguerê de Oxóssi”, “Jincar de Yemanjá” e “Vanunha de saída”, foram as quatro músicas que saudaram Xangô, o orixá da ciência e da sabedoria. A justificativa para a apresentação dos quatro percussionistas não era apenas essa, o grupo colocava a tradicional cultura dos terreiros dentro das discussões sobre o progresso da ciência. “Estamos trazendo nossas raízes para o meio da ciência”, explicou Edvaldo de Araújo, regente do quarteto percussivo.

A distância entre a tradição e cultura com a ciência é fruto de puro preconceito. Ciência é conhecimento, que os negros guardam e valorizam como poucos no candomblé. “Nós temos que ser cientistas para manter nossa tradição”, diz Edvaldo.

Vestidos de branco, o quarteto deu o primeiro toque e tempero baiano do evento. Entrosados com o evento, o grupo se mostrava orgulhoso de estar participando.
“É com muito prazer que estamos aqui, porque há 20 anos eu ouvia falar do evento e não entendia, agora estamos aqui como convidados”, falou Edvaldo.

Voltam a se apresentar no domingo, no Concerto de Música Sacra Negra da UFBA, às 19h, na Reitoria da UFBA

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