Palco Maracangalha


A tarde de hoje foi da dança contemporânea, dança-teatro e do violão erudito no Palco Maracangalha da SBPC. As atrações conseguiram mobilizar o público que transitava pelo local e consagrou o Palco como passagem obrigatória para os participantes da Reunião.

Antes mesmo de começarem as apresentações de hoje a tarde no palco Maracangalha, as escadas do espaço já estavam tomadas pelo público queaplaudia atento o aquecimento do Tran Chan Cia de Dança. A marca contemporânea do grupo dirigido por Beth Grebler hipnotizou os expectadores durante os três blocos do espetáculo.

O ritmo quebrado dos movimentos das seis bailarinas, que se harmonizavam com uma empolgante escolha musical, fizeram da coreografia um show de criatividade casual, leve e ágil. No primeiro quadro, duas bailarinas jogavam com o impacto de seus corpos e grandes bolas de borracha, a reação foi imediata, a coreografia foi aplaudidíssima. “O encontro com o público da SBPC é um termômetro pra o Tran Chan que tem seu elenco sendo renovado. Achei impressionante a aprovação. Foi o lugar certo para a pré-estréia da nova temporada”, avaliou contente a coreógrafa do espetáculo “ O que o olho diz ao corpo”.


O Grupo His trouxe ao palco o espetáculo “Espera” de dança-teatro, gênero pouco experimentado em Salvador. Por isso mesmo a coreografia de Samara Martins impressionou geral. O espetáculo mescla teatro mudo e a dança, numa linguagem difícil de se trabalhar. “A gente fica traçando o roteiro, a intenção é essa”, explicou Marcelo Benigno, que trabalha como ator há mais de 10 anos e elogiou a apresentação. Baseado no livro “Fragmentos de um Discurso Amoroso” do escritor francês Roland Barthes, o espetáculo trabalhou os sentimentos de ausência, espera e lembrança em situações do cotidiano, motivo da identificação com o público segundo garantiu Iara Cerqueira, professora de dança na UFBA e componente do His.

Para o engenheiro eletrônico Marco Jullio, as atrações culturais da SBPC têm um valor particular. As apresentações artísticas encantaram o turista que não domina bem o português e achou difícil aproveitar as conferências e oficinas. Ele veio da Itália fazer turismo em Salvador e não faltou nenhum dia do encontro.

O violinista Sindre A Sortland, norueguês aluno especial da Faculdade de Música da UFBA, apresentou peças de Bach, Kashkin, Villa-Lobos, Brouwer. O nível altíssimo da interpretação e do repertóriofoi reconhecido pelos espectadores que ficaram “num estado contemplativo”, como disse o jornalista Wladimir Caze que assistia a apresentação. A espetáculo encerrou as apresentações da tarde.

 

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