Música e Saúde Mental
O projeto Música
e Saúde Mental fez a primeira apresentação
de hoje (17/07) no Palco Maracangalha. Formado por usuários
do sistema de saúde mental em Salvador, o grupo apresentou
canções populares e composições de alguns
integrantes. Coordenado pela Profª Zuraida Bastião,
esse projeto é parte das iniciativas da UFBA em campo
III, numa parceria entre a Pró-Reitoria de Extensão
e a Escola de Música da UFBA. O Música e Saúde
Mental atua em dois hospitais de Salvador, o HUPES (Hospital Universitário
Prof. Edgard Santos) e o Aristides Novis, com uma equipe multidisciplinar
que inclui musicoterapeutas. O objetivo é proporcionar aos
usuários do sistema de saúde mental uma melhoria da
qualidade de vida e maior circulação social, através
da música, num ambiente oposto ao contexto hospitalar.
Trançado do Porto do Sauípe
O trançado
do Porto de Sauípe ficou em exposição hoje
das 8 às 16h, no piso 01 da Biblioteca Central da UFBA. O
trançado é transmitido de geração em
geração e sua composição é feita
através da palha de piaçaba, a qual pode ser simples
ou colorida, sendo que a cor é conseguida através
do tingimento das palhas com anilina de madeira. A exposição
apresenta o trançado na prática e coloca à
venda bolsas, chapéus e esteiras. Quem a perdeu pode conferir
o trabalho na Vila do Sauípe ou nos hotéis Renassance
e Marriot do complexo de Sauípe.
A figura
Quem passou pela Biblioteca Central da UFBA na tarde de hoje teve
contato com uma diferente figura tocando Didirijum (um tubo de madeira).
Nascido em 1974, na cidade da Jaboatã dos Guararás,
Taciano Luiz dos Santos foi adotado pela Igreja Apostólica
Germânica de sua cidade onde estudou até a quinta série.
A partir daí, muitas coisas aconteceram até que um
dia, no ano 1999, os planetas se alinharam e fizeram Taciano deixar
de ser pássaro preso e ter coragem e fé para sair
pelo mundo. Ele iniciou uma pesquisa, por conta própria,
sobre as origens do povo brasileiro e morou dois anos na Chapada
Diamantina estudando a relação dos índios com
a natureza. Finalizada a pesquisa, ele saiu pelo Brasil divulgando
seu trabalho até chegar aqui na SBPC. Ele estará amanhã
no mesmo local durante o dia.
E-mail : aborigemnet@bol.com.br
Grupo Guerreiro de São Jorge
O Grupo Guerreiro de São Jorge apresentou-se hoje, às
13h, no piso 1 do Espaço Mestre Didi (Biblioteca Central
da UFBA). Eles demonstraram um pouco da capoeira baiana, que é
uma mistura da capoeira regional com a de Angola. Exibiram as danças
Guerreira, Afro, Folclore, Maculelê e Samba de Roda. O Grupo
realiza apresentações durante as sextas-feiras na
Associação Maltas, sempre às 19h. Também
é possível matricular-se em cursos de capoeira (pagos)
fornecidos pela associação durante todas os dias da
semana, em todos os horários.
Tel: 386-1015 / 9983-4258
Dança
Viviane Bastos apresentou hoje, no começo da tarde, na Biblioteca
Central da UFBA, a coreografia A margem. Viviane é
aluna da Escola de Dança da UFBA. Além de se apresentar
durante toda a SBPC na performance do fantasma da Biblioteca Central,
Viviane é hostess (atendente) da Biblioteca.
Tel - 348-2538
Literatura Popular
Patrícia Lane apresentou hoje à tarde no Espaço
Mestre Didi, o conto popular A história da Coca,
o qual é utilizado, sobretudo, para ensinar os tempos verbais
às crianças que estão sendo alfabetizadas.
Esta apresentação aconteceu no Canto do Conto, um
local dentro da Biblioteca que realiza este evento. Ontem (16/07)
também foram apresentados no Canto da Conto: o conto de exemplo
(semelhante a uma fala, contém uma moral) denominado Viva
a Deus e o conto popular A formiguinha e a Neve. Este
trabalho faz parte do programa de estudos de pesquisa da literatura
popular que funciona em parceira com o projeto Vivendo Eu Conto.
Patricia apresenta amanhã os contos Timizeria (conto popular),
às 11h, e Dom Clarinho (romance tradicional), às 13h.
TODA DIVERSIDADE É POUCA!
Na SBPC Cultural
muitas manifestações acontecem ao mesmo tempo, sejam
oficiais ou não. No final da tarde de hoje (17/07),
muitos dos participantes da SBPC, encharcados da chuva que mal parou
de cair, se refugiaram no espaço coberto na frente da Biblioteca
Central. Foi a deixa para drama e alegria se misturarem sob o mesmo
teto.
De um lado,
jovens atores do Espírito Santo encenavam um drama dos 500
anos do Brasil. Do outro, uma banda anônima e espontânea
emitia sons alegres. Apesar da diferença entre os tons e
as manifestações, havia espectadores para todos.
Encenando o Brasil
A peça
escrita pelo diretor Júlio César dos Santos retrata
os contrastes e injustiças sociais que permeiam os 500 anos
de história do Brasil. A encenação fica por
conta de 16 atores, todos alunos do 2º Grau da Escola Arnulpho
Mattos, em Vitória do Espírito Santo. Estes estudantes
fazem parte do grupo de Teatro da escola, que tem ainda outros nove
alunos.
Segundo os estudantes,
esta montagem foi idealizada em 1994 e desde então vem sendo
atualizada. O texto é uma crítica ao discurso e à
postura dos presidentes brasileiros que, desde então, não
alteram a situação do país. O grupo realiza
ainda outras, sempre com o teor de crítica social de caráter
satírico e estas peças, além de serem representadas
em Vitória, são levadas às Reuniões
Anuais da SBPC. Este ano os estudantes dizem não ter conseguido
um espaço adequado para mostrar a peça, mas pretendem
ainda apresentá-la amanhã (18/07) na SBPC Jovem.
Música Alegre
Ao mesmo tempo
e no mesmo local em que os jovens do Espírito Santo vestidos
de brasileiros sofridos se apresentavam, uma música alegre
pairava no ar. A melodia foi sendo formada aos poucos, e era feita
de flauta, violão, pandeiro, o baianíssimo berimbau
e o exótico didirijum.
Como a banda
anônima não parava de tocar e muitos espectadores entusiasmados
se aglomeravam ao seu redor, não pudemos saber muito sobre
seus integrantes. A informação que conseguimos ao
conversar com algumas pessoas da platéia foi que ali se reuniam
alguns integrantes de bandas de rock de Salvador e alguns transeuntes
que, por acaso (ou nem tanto) carregavam algum instrumento.
Infelizmente,
outra apresentação como esta não podemos prever
quando acontecerá. Talvez no próximo dia de chuva...
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