Sobre as entrevistas*:

A programação cultural da SBPC vai envolver uma ampla discussão - cujo foco é identidade cultural, respondendo, de formas diversas, à pergunta "Bahia, bahia, que lugar é este?" e suas conexões com o tema "Nação e Diversidade" - e uma programação artística gerada por esse processo.

Neste sítio virtual, você pode acompanhar essas duas vertentes da SBPC Cultural.

Galeria:

Confira uma mostra da obra da Artista Plástica Sonia Rangel.

Fotos do Grupo Cultural Bagunçaço

Índios na visão dos Índios:

Confira fotos tiradas do do livro.

Conexões:

Confira o Catálogo dos livros editados pela EDUFBA

Luz em Cena:

Uma mostra do arquivo fotográfico da Escola de Teatro da UFBA

Memória Cultural



Foto do Grupo de
Compositores da Bahia
 


Cartaz de
Rogério Duarte para
Deus e o Diabo
na Terra do Sol
,
de Glauber Rocha

Postais:

Por que identidade cultural?

Confira também a auto-
entrevista do
Prof. Dr. Paulo Costa Lima -- Coordenador da SBPC Cultural, Pró-Reitor de Extensão da UFBA,
compositor e teórico
--
que explica porque conectar a programação cultural da SBPC a uma discussão sobre Iden-
tidade cultural.

Quem Somos?

Quem somos: ficha técnica com a equipe responsável pelo SBPC Cultural.

 

 

 

Semana 10:

Prévia da Programação:

Continuação da Auto-Entrevista (agora em prosa)

Creio que foi Poincaré quem comentou a impressionante característica desse universo que vivemos, onde por mais que nos desloquemos sempre estaremos no centro. Estamos kantianamente condenados a encontrar os objetos em nossa experiência a partir de nossas próprias coordenadas. Não assusta, portanto, ouvir em Bach o espírito germânico, seja na Chaconne para violino solo (que algumas vezes aparece no mundo virtual do cinema como apetrecho de Sherlock Holmes ou de Einstein, que de fato a tocava), seja nas Suítes para violoncelo solo (executadas instigantemente por Rostropovitch, e amadas, especialmente a n.5, por Ingmar Bergman em Gritos e Sussurros e por Walter Smetak).

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Arquivo das
semanas anteriores:

Prévia da Programação:

Continuação da Auto-Entrevista (agora em prosa)

Creio que foi Poincaré quem comentou a impressionante característica desse universo que vivemos, onde por mais que nos desloquemos sempre estaremos no centro. Estamos kantianamente condenados a encontrar os objetos em nossa experiência a partir de nossas próprias coordenadas. Não assusta, portanto, ouvir em Bach o espírito germânico, seja na Chaconne para violino solo (que algumas vezes aparece no mundo virtual do cinema como apetrecho de Sherlock Holmes ou de Einstein, que de fato a tocava), seja nas Suítes para violoncelo solo (executadas instigantemente por Rostropovitch, e amadas, especialmente a n.5, por Ingmar Bergman em Gritos e Sussurros e por Walter Smetak).

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Matéria

O dicionário prevê uma conotação pejorativa para a palavra "suburbano": aquele que tem ou revela mau gosto. Na contramão do estereótipo, no entanto, associações comunitárias e grupos formados principalmente por jovens de baixa renda combatem o preconceito produzindo arte. É este o caso da AMPLA (Associação de Moradores de Plataforma), que busca valorizar a parte menos privilegiada da cidade promovendo atividades culturais junto a comunidades do subúrbio ferroviário de Salvador.

Confira na integra a materia realizada com o grupo e uma das diretoras da associção AMPLA.

Conexões

Novas adições. Uma lista de páginas na Internet que discutem o tema da identidade cultural e mais artigos.

Galeria:

Mais dois artistas: a escultora e artista plástica, Nanci Novais, e o pintor Fernando Freitas Pinto.

"Eu não acredito em identidade cultural, acho que é uma grande farsa criada pelos acadêmicos pra terem poder. A gente tem que ter cuidado, não incorrer no erro de querer explicar tudo, isso é ridículo.(...) Pra mim intelectual é Carmem Miranda e Dorival Caymmi que capturam a fantasia, a imaginação e dão forma a elas."

Paulo Dourado
Professor da Escola de Teatro da UFBA
Diretor teatral

"A Academia pode dar uma contribuição tentando argumentar que não estamos perante algo que seja "o real" ou "o mais objetivo possível"; ou seja, caindo no discurso, que é o discurso fácil, do reforço da tradição, do reforço de que há uma identidade baiana. Mas que identidade baiana?

Jocélio Teles
Professor de Antro-
pologia da UFBA
Coordenador do Pro-
grama A Cor da Bahia

"A diversidade cultural está visível em nossa língua: em seus ritmos, estruturas sintáticas, vocabulário etc. Na Bahia, especificamente, a língua aparece mesclada com o léxico africano, principalmente o iorubá, que não se estendeu ao resto do Brasil, de um modo geral."

 

Evelina Hoisel
Diretora do Instituto de Letras da UFBA

Semana 07

"Embora tendo sempre convivido com a diversidade, no Brasil se insistiu sempre apenas na unidade da cultura brasileira. O ideário do projeto nacional tendeu sempre a sonegar as contradições, os contrastes, o diverso. A ênfase no humanismo brasileiro, tão questionável hoje, seu bom-mocismo, que se associa à unidade real da língua e à presença generalizada do Catolicismo dá apoio ao propósito de afirmar uma identidade cultural nacional unitária."

Prof. Maria Brandão
Socióloga Professora da UFBA

Confira novas conexões:

Pequeno inventário das manifestações artísticas das comunidades de Salvador - Subúrbio Ferroviário

A Bahia que gerou o Cineasta Glauber Rocha, tese de dutorado de Lindinalva Rubim.

Confira a nova galeria:

Exposições de Marcia Magno, Juarez Paraíso e poema de Capinam.

 

Semana 6

"Nos jornais só se fala do lado negativo, não se fala dos grupos que se organizam para lutar, das cooperativas, uma série de iniciativas. Não tem espaço na mídia para mostrar que o subúrbio tem coisas boas. "

Sílvio Ribeiro
Associação dos Amigos
do Parque São Bartolomeu

"A questão é como analisar essa produção cultural, em que medida ela está possibilitando novas formas de pensar, novas formas de fazer, está possibilitando a recuperação de coisas íntimas da vida de uma população e potencializando essa vida. Fazer com que sejamos contemporâneos do nosso próprio tempo - isso é um dado fundamental da produção cultural."

Prof. Ana Fernandes
Diretora da Faculdade de
Arquitetura da UFBA

"... o corpo é expressão de todo esse ambiente complexo que é nosso organismo mamífero e pensante, numa relação constante com o tecido cultural, que na Bahia tem uma riqueza e uma complexidade enorme, pois é antes de tudo, plural... O que acontece com idéias novas quando encontram esse ambiente onde o movimento - dos rituais, das danças etc. - é um dos códigos fundamentais?... As contradições desse tecido em que a gente vive é que mostram a capacidade histórica da Bahia de estar aberta ao novo. Foi assim com o curso de dança da UFBA em 1956, numa época em que no Sul, dança era apenas Balé... Como algo tão novo poderia conviver com esse tradicional tão forte? ...É a lição do capoeirista, que está sempre com o pé atrás. O equilíbrio..., o corpo flexível do baiano mostra também uma forma de pensar flexível, por isso se apropria muito de novas idéias que resultam em novos conteúdos sem perder o pé atrás, sem baixar a guarda, sem cair. E se cair cai bem... "

Dulce Aquino
Professora Doutora da Escola de Dança da UFBA

O fotógrafo Manu Dias ressignificou a nossa pergunta, e a imagem viajou o mundo. Agora retorna a sua origem, e exprime a nossa crença no princípio da liberdade de idéias e ideais, além do orgulho de pertencer a uma comunidade que sabe valorizá-lo.

(clique na imagem para ampliá-la)



Um dos outdoors de divulgação da SBPC CUltural em segundo plano.

 

Fotopublicada pelo jornal
A Tarde
, 17 de maio de 2001,
pág 07 (Local)

Semana 4

"...durante muitos anos, falou-se em uma democracia racial e uma aparente falta de preconceito, como se a convivência entre as raças fosse muito pacífica, e sabemos que isso é um conceito bastante hipócrita."

Myriam Fraga
Poeta, escritora e diretora da
Fundação Casa de Jorge Amado

"Quando a gente fala 'que Bahia é essa?', a riqueza está na mistura: não é só ser preto, ser branco, rico ou pobre. A mistura é que é a solução."

Lia Robatto
Coreógrafa e Coordenadora Pedagógica
da Usina de Dança do Projeto Axé

"identidade é o seu movimento individual, particular (...)Cada pessoa, por si, tem um assunto particular com o mundo e consigo (...) A Bahia é um paraíso infantil (...)tem um otimismo imediatista"

Fafá Daltro e David Iannitelli
Professores da Escola de Dança da UFBA

"A situação da cultura popular é muito parecida com a da mata atlântica: ambas estão sendo devastadas a passos largos."

Fred Dantas
Maestro

Semana 3

"O Brasil se conhece pouco"

Maria Prado
Produtora Cultural

"para se tornar universal, você tem que ser, antes de tudo, regional."

Viga Gordilho
Artista Plástica

"A identidade nacional é alguma coisa construída e distribuída no sentido de produzir uma sensação de pertencimento... Não é que a Bahia esteja fora da nacionalidade. Ela está no centro da nacionalidade."

Prof. Dra. Eneida Cunha
Prof. Titular do Instituto de Letras da UFBA

"A Bahia não é só capoeira e dendê. É tecnologia também, é internet... É como a gente se posiciona diante disso, tanto do tradicional quanto do contemporâneo, do que está a vir. Se estamos atentos ao nosso umbigo, estamos atentos à nossa cultura, inclusive a gente parte para o mundo, aberto ao mundo... "

Márcio Meirelles
Diretor do Teatro Vila Velha

O grande problema é passar de ser "movente" - que era o termo dado aos negros, os escravos - a "gente". (...) Eu, duro, pobre, negro, sem um centavo, quem vai me dar credibilidade?

Joselito Crispim
Fundador do Grupo Cultural Bagunçaço

"A maneira mais fácil de aniquilar uma cultura é colocá-la no isolamento. Preservar a cultura é a pior coisa que existe."

Prof. Dr Albino Rubim
Prof. Titular da Faculdade
de Comunicação da UFBA

"A Bahia é como se fosse a pele, a pele do Brasil, a pele do rosto, dos braços, dos peitos, das pernas, e também dos genitais – a pele que se continua com as mucosas."

Prof. Dr. Milton Moura
Faculdade de Filosofia
e Ciências Humanas da UFBA

"A Bahia foi construida de fora para dentro"

Prof. Dr. Roberto Albergaria
Departamento de Antropologia
da FFCH-UFBA

"Estou falando de uma refundação da modernidade..."

Prof. Dr. Renato da Silveira
Faculdade de Comunicação da UFBA

A miséria é agravada pela ausência de uma política cultural realmente séria

Prof. Dr. Ordep Serra
Chefe do Departamento de
Antropologia da FFCH

"A diferença é o elemento mais fundamental do mundo contemporâneo."

Prof. Dr. Nelson Pretto
Diretor da Faculdade de
Educação da UFBA

Cultura é um conjunto de bens e serviços do interesse do turismo?

Prof. Dr. Manuel Veiga
Prof. Emérito da
Escola de Música da UFBA

Quem dá o tom da produção cultural na Bahia é a lógica de mercado.

Prof. Mestre Paulo Miguez
Doutorando na FACOM-UFBA
Prof. da UNIFACS

O estético dá a ligação comunitária

Prof. Dr. Armindo Bião
Cordenador do PPGAC-Programa
de Pós-graduação em Artes Cênicas da UFBA

Apoio:

Quem Faz Salvador
Enciclopédia de Lideranças Culturais

 

 

*OBS: O conteúdo das declarações é de inteira responsa bilidade
dos entrevistados

.



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