Sobre as entrevistas*:
A
programação cultural da SBPC
vai envolver uma ampla discussão - cujo foco é identidade cultural,
respondendo, de formas diversas, à pergunta "Bahia, bahia, que lugar
é este?" e suas conexões com o tema "Nação e Diversidade" - e uma
programação artística gerada por esse processo.
Neste
sítio virtual, você pode acompanhar essas duas vertentes da SBPC
Cultural.
Galeria:
Confira
uma mostra da obra da Artista Plástica Sonia Rangel.
Fotos
do Grupo Cultural Bagunçaço
Índios
na visão dos Índios:
Confira
fotos tiradas do do livro.
Conexões:
Confira
o Catálogo dos livros editados pela EDUFBA
Uma
mostra do arquivo
fotográfico da Escola de Teatro da UFBA
Memória
Cultural
Foto do
Grupo de
Compositores da Bahia
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Cartaz de
Rogério Duarte para
Deus e o Diabo
na Terra do Sol,
de Glauber Rocha
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Postais:
Quem
Somos?
Quem somos:
ficha técnica com a equipe
responsável pelo SBPC Cultural.
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Semana 10:
Prévia
da Programação:
Continuação
da Auto-Entrevista (agora em prosa)
Creio
que foi Poincaré quem comentou a impressionante característica
desse universo que vivemos, onde por mais que nos desloquemos
sempre estaremos no centro. Estamos kantianamente condenados
a encontrar os objetos em nossa experiência a partir
de nossas próprias coordenadas. Não assusta,
portanto, ouvir em Bach o espírito germânico,
seja na Chaconne para violino solo (que algumas vezes aparece
no mundo virtual do cinema como apetrecho de Sherlock Holmes
ou de Einstein, que de fato a tocava), seja nas Suítes
para violoncelo solo (executadas instigantemente por Rostropovitch,
e amadas, especialmente a n.5, por Ingmar Bergman em Gritos
e Sussurros e por Walter Smetak).
continuar
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Arquivo
das
semanas anteriores:
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Prévia
da Programação:
Continuação
da Auto-Entrevista (agora em prosa)
Creio
que foi Poincaré quem comentou a impressionante característica
desse universo que vivemos, onde por mais que nos desloquemos
sempre estaremos no centro. Estamos kantianamente condenados
a encontrar os objetos em nossa experiência a partir
de nossas próprias coordenadas. Não assusta,
portanto, ouvir em Bach o espírito germânico,
seja na Chaconne para violino solo (que algumas vezes aparece
no mundo virtual do cinema como apetrecho de Sherlock Holmes
ou de Einstein, que de fato a tocava), seja nas Suítes
para violoncelo solo (executadas instigantemente por Rostropovitch,
e amadas, especialmente a n.5, por Ingmar Bergman em Gritos
e Sussurros e por Walter Smetak).
continuar
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Matéria
O dicionário
prevê uma conotação pejorativa para a
palavra "suburbano": aquele que tem ou revela mau
gosto. Na contramão do estereótipo, no entanto,
associações comunitárias e grupos formados
principalmente por jovens de baixa renda combatem o preconceito
produzindo arte. É este o caso da AMPLA (Associação
de Moradores de Plataforma), que busca valorizar a parte menos
privilegiada da cidade promovendo atividades culturais junto
a comunidades do subúrbio ferroviário de Salvador.
Confira
na integra a materia realizada com o grupo e uma das diretoras
da associção AMPLA.
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Conexões
Novas
adições. Uma lista de páginas na Internet
que discutem o tema da identidade cultural e mais artigos.
Galeria:
Mais dois
artistas: a escultora e artista plástica, Nanci Novais,
e o pintor Fernando Freitas Pinto.
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"Eu
não acredito em identidade cultural, acho que é uma grande
farsa criada pelos acadêmicos pra terem poder. A gente tem
que ter cuidado, não incorrer no erro de querer explicar tudo,
isso é ridículo.(...) Pra mim intelectual é Carmem Miranda
e Dorival Caymmi que capturam a fantasia, a imaginação e dão
forma a elas."
Paulo
Dourado
Professor da Escola de Teatro da UFBA
Diretor teatral
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"A Academia
pode dar uma contribuição tentando argumentar que não estamos
perante algo que seja "o real" ou "o mais objetivo possível";
ou seja, caindo no discurso, que é o discurso fácil, do reforço
da tradição, do reforço de que há uma identidade baiana. Mas
que identidade baiana?
Jocélio
Teles
Professor de Antro-
pologia da UFBA
Coordenador do Pro-
grama A Cor da Bahia
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"A
diversidade cultural está visível em nossa língua: em seus
ritmos, estruturas sintáticas, vocabulário etc. Na Bahia,
especificamente, a língua aparece mesclada com o léxico africano,
principalmente o iorubá, que não se estendeu ao resto do Brasil,
de um modo geral."
Evelina
Hoisel
Diretora do Instituto de Letras da UFBA
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Semana
07
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"Embora
tendo sempre convivido com a diversidade, no Brasil se insistiu
sempre apenas na unidade da cultura brasileira. O ideário
do projeto nacional tendeu sempre a sonegar as contradições,
os contrastes, o diverso. A ênfase no humanismo brasileiro,
tão questionável hoje, seu bom-mocismo, que
se associa à unidade real da língua e à
presença generalizada do Catolicismo dá apoio
ao propósito de afirmar uma identidade cultural nacional
unitária."
Prof. Maria
Brandão
Socióloga
Professora da UFBA
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Pequeno
inventário das manifestações artísticas das comunidades de
Salvador - Subúrbio
Ferroviário
A
Bahia que gerou o Cineasta Glauber Rocha, tese de dutorado
de Lindinalva Rubim.
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Exposições
de Marcia Magno, Juarez Paraíso e poema de Capinam.
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Semana
6
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"Nos
jornais só se fala do lado negativo, não se
fala dos grupos que se organizam para lutar, das cooperativas,
uma série de iniciativas. Não tem espaço
na mídia para mostrar que o subúrbio tem coisas
boas. "
Sílvio
Ribeiro
Associação dos Amigos
do Parque São Bartolomeu
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"A
questão é como analisar essa produção
cultural, em que medida ela está possibilitando novas
formas de pensar, novas formas de fazer, está possibilitando
a recuperação de coisas íntimas da vida
de uma população e potencializando essa vida.
Fazer com que sejamos contemporâneos do nosso próprio
tempo - isso é um dado fundamental da produção
cultural."
Prof.
Ana Fernandes
Diretora da Faculdade de
Arquitetura da UFBA
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"...
o corpo é expressão de todo esse ambiente complexo que é nosso
organismo mamífero e pensante, numa relação constante com o
tecido cultural, que na Bahia tem uma riqueza e uma complexidade
enorme, pois é antes de tudo, plural... O que acontece com idéias
novas quando encontram esse ambiente onde o movimento - dos
rituais, das danças etc. - é um dos códigos fundamentais?...
As contradições desse tecido em que a gente vive é que mostram
a capacidade histórica da Bahia de estar aberta ao novo. Foi
assim com o curso de dança da UFBA em 1956, numa época em que
no Sul, dança era apenas Balé... Como algo tão novo poderia
conviver com esse tradicional tão forte? ...É a lição do capoeirista,
que está sempre com o pé atrás. O equilíbrio..., o corpo flexível
do baiano mostra também uma forma de pensar flexível, por isso
se apropria muito de novas idéias que resultam em novos conteúdos
sem perder o pé atrás, sem baixar a guarda, sem cair. E se cair
cai bem... "
Dulce
Aquino
Professora
Doutora da Escola de Dança da UFBA
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O
fotógrafo Manu Dias ressignificou a nossa pergunta, e a imagem
viajou o mundo. Agora retorna a sua origem, e exprime a nossa
crença no princípio da liberdade de idéias e ideais, além
do orgulho de pertencer a uma comunidade que sabe valorizá-lo.
(clique
na imagem para ampliá-la)
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Um dos
outdoors de divulgação da SBPC CUltural em segundo
plano.
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Fotopublicada
pelo jornal
A Tarde, 17 de maio de 2001,
pág 07 (Local)
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Semana
4
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"...durante
muitos anos, falou-se em uma democracia racial e uma aparente
falta de preconceito, como se a convivência entre as
raças fosse muito pacífica, e sabemos que isso
é um conceito bastante hipócrita."
Myriam
Fraga
Poeta, escritora e diretora da
Fundação Casa de Jorge Amado
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"Quando
a gente fala 'que Bahia é essa?', a riqueza está
na mistura: não é só ser preto, ser branco,
rico ou pobre. A mistura é que é a solução."
Lia
Robatto
Coreógrafa e Coordenadora Pedagógica
da Usina de Dança do Projeto Axé
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"identidade
é o seu movimento individual, particular (...)Cada
pessoa, por si, tem um assunto particular com o mundo e consigo
(...) A Bahia é um paraíso infantil (...)tem
um otimismo imediatista"
Fafá
Daltro e David Iannitelli
Professores da Escola de Dança da UFBA
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"A
situação da cultura popular é muito parecida
com a da mata atlântica: ambas estão sendo devastadas
a passos largos."
Fred
Dantas
Maestro
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Semana
3
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"O
Brasil se conhece pouco"
Maria
Prado
Produtora Cultural
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"para
se tornar universal, você tem que ser, antes de tudo, regional."
Viga
Gordilho
Artista Plástica
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"A
identidade nacional é alguma coisa construída e distribuída
no sentido de produzir uma sensação de pertencimento... Não
é que a Bahia esteja fora da nacionalidade. Ela está no centro
da nacionalidade."
Prof.
Dra. Eneida Cunha
Prof. Titular do Instituto de Letras da UFBA
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"A
Bahia não é só capoeira e dendê. É tecnologia também, é internet...
É como a gente se posiciona diante disso, tanto do tradicional
quanto do contemporâneo, do que está a vir. Se estamos atentos
ao nosso umbigo, estamos atentos à nossa cultura, inclusive
a gente parte para o mundo, aberto ao mundo... "
Márcio
Meirelles
Diretor do Teatro Vila Velha
|
O
grande problema é passar de ser "movente"
- que era o termo dado aos negros, os escravos - a "gente".
(...) Eu, duro, pobre, negro, sem um centavo, quem vai me
dar credibilidade?
Joselito
Crispim
Fundador do Grupo Cultural Bagunçaço
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"A maneira
mais fácil de aniquilar uma cultura é colocá-la no isolamento.
Preservar a cultura é a pior coisa que existe."
Prof.
Dr Albino Rubim
Prof. Titular da Faculdade
de Comunicação da UFBA
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"A
Bahia é como se fosse a pele, a pele do Brasil, a pele
do rosto, dos braços, dos peitos, das pernas, e também
dos genitais a pele que se continua com as mucosas."
Prof.
Dr. Milton Moura
Faculdade de Filosofia
e Ciências Humanas da UFBA
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"A
Bahia foi construida de fora para dentro"
Prof.
Dr. Roberto Albergaria
Departamento
de Antropologia
da FFCH-UFBA
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"Estou
falando de uma refundação da modernidade..."
Prof.
Dr. Renato da Silveira
Faculdade
de Comunicação da UFBA
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A
miséria é agravada pela ausência de uma
política cultural realmente séria
Prof.
Dr. Ordep Serra
Chefe
do Departamento de
Antropologia da FFCH
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"A
diferença é o elemento mais fundamental do mundo
contemporâneo."
Prof.
Dr. Nelson Pretto
Diretor
da Faculdade de
Educação da UFBA
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Cultura
é um conjunto de bens e serviços do interesse
do turismo?
Prof.
Dr. Manuel Veiga
Prof.
Emérito da
Escola de Música da UFBA
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Quem dá
o tom da produção cultural na Bahia é
a lógica de mercado.
Prof.
Mestre Paulo Miguez
Doutorando
na FACOM-UFBA
Prof. da UNIFACS
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O
estético dá a ligação comunitária
Prof.
Dr. Armindo
Bião
Cordenador
do PPGAC-Programa
de Pós-graduação em Artes Cênicas da UFBA
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Enciclopédia
de Lideranças Culturais
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